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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Entrevista com a The Sams

Olá! No post de hoje, veremos a entrevista que eu fiz pelo msn com a banda The Sams, de Sorocaba. Bom, não digo que foi uma tarefa fácil fazer esses caras falarem sério, mas depois de umas boas risadas, aí está o resultado. Valeu a pena!

JxGx: E aí galera da The Sams! Em primeiro lugar queria que vocês se apresentassem.

Pedro: Meu nome é Pedro Fernandes, tenho 16 anos, meu passatempo é coletar fezes de diferentes tipos de animais, eu sou baixista, vocalista, e escrevo a maior parte das letras também, sou straight edge, vegetariano e ateu.

Tiago: Meu nome é Tiago Valsechi, também vegetariano e straight edge, sou guitarrista e backing vocal. Isso é tudo que eu faço da vida =]

Pedro: Na verdade seu nome é Carniça!

Tiago: Na verdade não é mais virou!

Andrei: Sou o Andrei Kozyreff, tenho 18 anos, sou guitarrista, faço backin' vocals, não sou nem vegetariano e nem straight edge, não ando de skate e ouço muitas outras coisas além de hardcore. Num futuro bem próximo, ainda viro ateu e comunista.

Pedro: E o Vitor é o baterista, ele tem muitos anos de idade, é straight-edge também e gosta de música de emo.

JxGx: Então, por falar em música "de emo", como vocês se definem?

Tiago: PUNK ROCK.

Pedro: Hardcore Melódico (californiano) do começo ao fim, apesar de termos várias influências até estranhas (como música clássica ou ska) a gente não consegue fugir do Hardcore Californiano, está em nós (:

Tiago: Ele está no meio de nós.

Andrei: Eu toco o que eu gosto e estou pouco me fodendo com o que as pessoas gostam de inventar sobre essas coisas de estilos musicais e afins.

JxGx: E o que vocês acham que uma banda deve passar ao seu publico? Que tipo de mensagem você acha valido e até onde começa a se tornar propaganda ideológica ou imposição?

Tiago: Acho que nada é imposição. Cada um mostra o que pensa independente de ter uma banda ou ser um artista ou coisa assim e as vezes outras pessoas vêm uma causa interessante no que você está cantando.

Andrei: Eu acho que a banda deve passar o que realmente acredita, e não falar algo porque é legal ou porque vende. Para mim, a música é muito mais do que mero entretenimento.

Pedro: Acho que a banda deve defender o que acha certo, se você tem a oportunidade de passar uma mensagem para o maior número de pessoas possível, que passe uma mensagem positiva, e construtiva, o que matou o hardcore foram essas bandas com positivismo vazio e alegria adolescente, o hardcore, desde seu início sempre foi um movimento politizado e contestador, fazendo parte da contra-cultura, então acho errado as bandas se denominarem hardcore enquanto sua mensagem não passa nada além de um positivismo vazio. Você deve saber o por que está criticando e no que essa critica vai ajudar o ouvinte a se ajudar e a ajudar o mundo ao seu redor.
E nada é imposição, desde que você conheça as razões e motivações de seu ponto de vista, uma pessoa que critica deus baseada na ciência, pode de certa forma "impor" seu ponto de vista por ele ser provado, e dessa forma ser correto, e o hardcore é o que nos dá essa abertura dentro da moralidade das pessoas, de gritar "Hey, seu homofóbico dogmático de merda, você está errado!" e quem estiver disposto a ouvir e a mudar com nosso ponto de vista, que o faça. Mas acho errado bandas que também só criticam e não apresentam a solução, isso é correr em círculos e criar uma revolta imersa em inércia, como você quer falar o que está errado sem saber o que é certo ? É como ver as coisas aos olhos de um peixe morto.(Entendeu? Peixe morto... hehehe).

JxGx: E no caso de vocês, quais são os temas recorrentes das bandas, e que soluções vocês apresentam?

Andrei: Eu gosto de encher o saco dos religiosos. Enchendo o saco = questionando, que isso fique bem claro.

Tiago: Todos gostamos, mais por motivos específicos não só por que é divertido. Hahahaha.

Pedro: Eu sempre me baseio no princípio do poder da vontade (nietzsche).
Não adianta você querer mudar o mundo e ser um revolucionário se você é podre por dentro, não adianta você querer praticar o bem se faz isso em troca da salvação ou de algum principio imposto. As pessoas tem que ter a consciência de que somos uma grande massa correndo na mesma direção, e que ao ajudar os outros estará ajudando a si mesmo, nada como o princípio Cristão de ajudar a si mesmo pelo seu próprio bem, mas de fato conscientizar que somos todos um só.
E acho que a forma mais obvia e acessível é criticar os padrões impostos, nada que você seja obrigado a "acreditar" ao invés de "entender" é correto, todas as formas de escravidão mental são erradas, portanto direcionamos nossas criticas a moral religiosa da pessoa, e à consciência coletiva. Também apontamos e rimos de erros medíocres da igreja e de seus fiéis cabeças-de-vento.
E claro, a nossa relação política atual com o mundo de colônia/colonizador, eu procuro não defender um ponto de vista nem de esquerda nem de direita, acho que nosso grande lance é fazer a pessoa pensar por si só, e por meio de seu raciocínio achar a melhor forma de viver, que não prejudique as outras ao redor.

JxGx: Na banda, as letras de todas as músicas são em inglês. Vocês não acham q isso dificulta o entendimento para aqueles que mais precisariam entender então?

Pedro: Eu preferi escrever em inglês pois nossas letras não tratam de temas limitados a uma região, ou a um grupo étnico, nós falamos sobre a humanidade, e pelo inglês ser a letra mais "entendível" atualmente no mundo, escrevemos em inglês.Sem contar que diretamente não possuímos quase nenhuma influência nacional, e a sonoridade da língua portuguesa não é das mais melódicas.

Andrei: Eu acho que o inglês por ser uma língua universal, facilita muito para banda ser reconhecida e sua mensagem ser passada não só aqui mas como lá fora também, ainda mais com a ajuda da internet. Eu não acho que letras em português sejam inferiores. Gosto de inúmeras bandas daqui e as admiro muito, mas não acho que isso cairia bem para gente.

JxGx: A maioria de vocês são sXe (straight edge) e vegetarianos. Vocês abordam isso também em suas letras?

Pedro: Não abordamos diretamente o fato de sermos sXe's e vegetarianos, nós falamos que a bebida, as drogas e o cigarro são prejudiciais a você e a sociedade, que isso faz mal e é um tumor no peito da humanidade. Mas não levantamos a bandeira straight edge, isso é mais uma decisão pessoal nossa.
Nós não dizemos "pare de fumar e beber, seu viciado de merda", nós só falamos "ei, cara, tem um câncer em você".
Não deixamos claro o fato de sermos straight edges, mas deixamos claro o fato de sermos contra os vícios que arrastam as pessoas pro buraco, seja ele em substancias químicas, em homens pelados em cruzes, ou em programas de televisão.

JxGx: E quais são os planos de vocês para banda? O que vocês tem em mente a curto e longo prazo?

Andrei: Eu quero viver de música.

Pedro: Nós estamos nos preparando para gravar um novo EP, e já surgiram algumas produtoras interessadas em fechar contrato, estamos programando uma turnê para o ano que vem com os Atomic Nachos de Campinas e juntando dinheiro pra estarmos sempre nos renovando e podendo gravar coisas novas, portanto, COMPREM NOSSAS COiSAS. Mas acho que nossa intenção, sempre foi e sempre será tocar fora do país, e como as coisas estão indo creio que isso será possível no final do ano que vem, felizmente!

JxGx: Vocês acreditam em um meio auto-sustentável dentro da cena independente (seja nacional, seja gringa), ou acham q para viver de música é realmente preciso se render às gravadoras do "mainstream"?

Pedro: A Epitaph Records (maior gravadora atual no meio alternativo) é um bom exemplo de auto-sustentabilidade independente, eles correram atrás e conseguiram o que queriam, mas acho que hoje em dia, na cena alternativa, é impossível, pois o hardcore em si já foi enlatado e comercializado, e já conseguimos ver o efeito "crista/vale" na cena alternativa, fenômeno que só ocorria no mainstream.
A moda passada foi o emo, depois os emos se dividiram entre indies e screamos, logo essa moda vai passar, e surgirão outras, assim como no mainstream, onde a grande onda era o funk, agora são as micaretas.
Pra você desenvolver bases concretas e viver do hardcore, você tem que ser muito fiel, trabalhar quatro vezes mais que qualquer músico normal, se inovar sempre, se destacar, fazer seu próprio negócio, e ainda se contentar com o pouquíssimo que vai receber. Isso eu digo na cena nacional, pois apesar de ainda existirem algumas pessoas que fazem as coisas porque gostam no Brasil, na gringa é muito mais fácil crescer e receber o devido (e merecido) destaque. Lá o hardcore não é só um estilo musical, mas um fenomeno cultural.

Andrei: Eu acho que é difícil viver só da cena independente. Mas eu não sei como que é em outras cidades. Se for pensar em viver de uma banda em Sorocaba você já cai duro no chão. Mas não é impossível. Há muitas bandas respeitadas na cena independente hoje em dia que estão anos na ativa batalhando por um reconhecimento. Viver de música não é uma das coisas mais aconselháveis, porque você precisa gostar muito.


JxGx: E qual é a influência de vocês? Lá fora e se houver, aqui no Brasil.

Pedro: Nietzsche, Peter Singer, Greg Graffin e Brett Guerwitz.
Musicalmente minha maior influência é Tomas Kalnoky (Catch 22, Streetlight Manifesto, Bandits of the Acoustic Revolution).
Mas também curto muito Black Flag, Minor Threat, Bad Religion (especialmente bad religion), Pennywise.
Fora do Hardcore eu gosto de música pop, a sonoridade e a facilidade de transmitir uma mensagem de alguns artistas me impressiona, e de MPB.
E acho que seria hipócrita se negasse a influência do pop-punk.
Mas falando da The Sams em geral, somos basicamente movidos à tríplice "Bad Religion/NOFX/Rancid".

Andrei: Aí depende muito, porque cada um de nós possui influências bem diferentes. Vou falar só por mim. Minha banda preferida é o Iron Maiden, mas eu ouço muitos estilos diferentes. Ouço muito Ramones, Slayer, e até Christina Aguilera, Mozart, passando por MPB. Seu eu ficasse falando tudo o que eu ouço aqui, nós ficaríamos até amanhã.

Pedro: Atualmente tenho escutado muita música Folk, como Chuck Ragan e Johnny Cash, e isso está se refletindo em algumas de nossas músicas.

Andrei: Ultimamente tenho ouvido bastante Arctic Monkeys, My Chemical Romance, Lars Frederiksen and the Bastards, Bad Religion e muitas, muitas outras coisas.

JxGx: Bom pessoal, então para finalizar, deixem o ser recado!! O espaço é de vocês agora...

Pedro:Comam seus vegetais e estudem, façam uma faculdade e não deixem ninguém (além de mim) lhes dizer o que é certo ou errado.
Pessoas ignorantes são mais fáceis de serem dominadas, portanto, estudem!
E entrem em algum de nossos 300 sites (N.E.: lista de links no final da entrevista) e ouçam nossas coisas, leiam nossas letras, e comprem nossas coisas, se vocês não comprarem, a gente joga elas para vocês nos shows, então, compareçam aos shows.
E se vocês acham que algo está errado, boicotem, não adianta participar de algo errado achando que você não vai fazer diferença.
E meu pênis tem gosto de marshmallow com cobertura de morango, experimentem.

Andrei: Valeu, galera. Obrigado a todos que comparecem aos shows, pois são vocês que realmente nos apoiam e nos fazem ter vontade de continuar. Usem camisinha, não usem drogas, o Capitão Nascimento não é herói e eu morro de dó do Luciano Huck. Abração ! Valeu =D

*** Links ***

http://www.myspace.com/xthesamsx
http://www.thesams.kit.net
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1224378
http://www.purevolume.com/xthesamsx

4 comentários:

Unknown disse...

Caralho , ficou foda... : )

E eu nem sei mais oque falar.

aghsehaishieaisae

The Sams rules.

Unknown disse...

fico foda !!
the sams arregaça! hahaha

fan e amigo!!

Anônimo disse...

eu gosto de the sams.
eu acho q o pedro eh meio peludo.
q o tiozao eh pra la de idoso.
e eu gosto de the sams.

aHSEIOHASIOEHAIOSHEASIe
do caralho ^^

Unknown disse...

TONY!!!